28 janeiro 2006

Silêncio

Silêncio

Se tu soubesses tão bem que me soube aquele sangue doce.
Se tu soubesses como me aliviou aquele fiozinho de dor.
Ah, meu amor! Se tu soubesses o ardor do sal das lágrimas sobre a ferida aberta.

Abrias uma tu próprio.
Não esperavas que o fizesse por ti.
Mas eu fiz. Tão teimosa. Menos que tu. Mas ainda muito.
Morreu-te o desgosto e nasceu em mim. O desgosto. Desgosto de olhar para ti assim. Tão lindo mas coberto de "poeira seca".

"A face coberta de poeira seca-me cada lágrima que força sair. Ficam em mim apenas as marcas de algum dia ter estado triste. As marcas que me recordam que um dia também senti."

A morte fica-te bem, meu amor. Rasga-te o rosto, inventa-te lágrimas, recorta levemente os cantos dos lábios para que eu tos possa beijar mais tarde.
Sim. Fica-te bem.

Remeto-me ao silêncio. As promessas estão feitas. Meu amor.

Litostive

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial