SOLIDÃO
Sorrio mais uma vez. Numa noite mais alegre do que as outras noites. Não somos nada quando de nada nos servem os outros. Quando a música pára e paramos de viver.
Deixo a garrafa em cima do chão.
Olho o mundo que me rodeia, tão diferente de mim. Tão indiferente a mim.
Saro mais esta chaga com o sangue de outra chaga que cresceu de dentro de mim. As pessoas lutam no meu mundo. A paz não chega ao sitio mais escuro de cada eu. E de cada um que eu sou, nasce um momento infeliz a cada dia que passa.
Mais um doce trago desta alegre melancolia. Água ardente caseira.
Expliquei a todos porque vim, porque parti em busca de um encontro com o que acreditei. Despedi-me de vós. Juntei-me a nós. E a partir desse dia que me mutilo por cada litro de ar que respiro. Por me punir com o que faço de errado, por sentir forçado a desistir de tudo o que não sou, hoje não consigo caminhar. Caroços nasceram em minhas pernas. Os cães, vádios, estragam-me a pele em busca dos ossos mais superficiais.
Tenho frio, em outra noite fria.
Tremerei esta noite também.
Amanha será igual.
Por favor vem para me levar!
Kimera
Deixo a garrafa em cima do chão.
Olho o mundo que me rodeia, tão diferente de mim. Tão indiferente a mim.
Saro mais esta chaga com o sangue de outra chaga que cresceu de dentro de mim. As pessoas lutam no meu mundo. A paz não chega ao sitio mais escuro de cada eu. E de cada um que eu sou, nasce um momento infeliz a cada dia que passa.
Mais um doce trago desta alegre melancolia. Água ardente caseira.
Expliquei a todos porque vim, porque parti em busca de um encontro com o que acreditei. Despedi-me de vós. Juntei-me a nós. E a partir desse dia que me mutilo por cada litro de ar que respiro. Por me punir com o que faço de errado, por sentir forçado a desistir de tudo o que não sou, hoje não consigo caminhar. Caroços nasceram em minhas pernas. Os cães, vádios, estragam-me a pele em busca dos ossos mais superficiais.
Tenho frio, em outra noite fria.
Tremerei esta noite também.
Amanha será igual.
Por favor vem para me levar!
Kimera
3 Comentários:
Sorri, meu amor, sorri.
Sorri, que por mais longa que seja a noite, o Sol brilhará sempre na manhã seguinte...
E acredita que quando a tua música pára, pára a minha também. E sussurram orquestras de silêncio e de tristeza. E a noite arrasta-se quando não há quem me valha.
E esse teu mundo, tão diferente do mundo dos mortais (de todos eles e do meu, mais morta que viva quando estamos tão perto e tão longe), esse teu mundo embala-me os sonhos que me permito. E na realidade de ser tua num abraço, num beijo, numa lágrima entre tantas.
Na realidade de dizer que te amo e sentir retribuição.
De chorar no teu ombro. De tristeza, de felicidade, de "alegre melancolia". O que for.
Abraçar-te e saber-te ali. Tocar-te e saber que não foste embora. Que nas noites escuras estás comigo. Que pensas em mim como penso em ti.
E se hoje não consegues caminhar, deixa-me levar-te pela mão. Como me levas todos os dias sem saber...
Deixa-me levar-te, meu amor.
Não somos nada quando de nada nos servem os outros.
... e não sou nada se não te tenho.
Tua Litostive
"Olho o mundo que me rodeia, tão diferente de mim. Tão indiferente a mim."
Gostei muito desta afirmação!
Vou-te linkar. Para ser mais fácil para mim cá voltar.
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