Nasce em mim mais uma vontade de viver...
Seco as lágrimas com a manga comprida da camisola da lã. Não se percebe em mim que chorei mais esta vez. Mas abro os olhos, na escuridão.
O cheiro torna-se agora mais intenso e a realidade bicolor. Tudo preto, com rasgos de sangue bem vermelhos.
O quarto chega para viver. A vida não me chega para começar a sonhar. E à medida que as vozes se tornam mais intensas e as frases mais perceptíveis, a mensagem passa por mim, trespassa-me como se fosse a primeira vez que ouvisses este som.
Os joelhos encolhidos há tempo em demasia resistem ao primeiro ensaio. Caio desamparado.
Mas hoje acordei com mais uma vontade de viver. Ergo-me recostado às paredes húmidas.
Abro os braços.Grito bem alto " I NEVER WILL... APOLOGISE FOR WHO I AM! " como na música que ecoa pela minha cabeça. Rasgo-me no peito... Corto a pele que me desfigurou ao longo destes 2 anos.
E com a vontade de viver nasce por trás a revolta. E com a revolta vai-se a vontade de viver. E desamparado mais uma vez tombo de costas.
A vida passa-me pela cabeça. A música atrofia-me a vontade.
Por agora permaneço por aqui mais um bocado. Talvez para sempre, pois com a revolta foi-se mais esta ansiedade...
Kimera
Seco as lágrimas com a manga comprida da camisola da lã. Não se percebe em mim que chorei mais esta vez. Mas abro os olhos, na escuridão.
O cheiro torna-se agora mais intenso e a realidade bicolor. Tudo preto, com rasgos de sangue bem vermelhos.
O quarto chega para viver. A vida não me chega para começar a sonhar. E à medida que as vozes se tornam mais intensas e as frases mais perceptíveis, a mensagem passa por mim, trespassa-me como se fosse a primeira vez que ouvisses este som.
Os joelhos encolhidos há tempo em demasia resistem ao primeiro ensaio. Caio desamparado.
Mas hoje acordei com mais uma vontade de viver. Ergo-me recostado às paredes húmidas.
Abro os braços.Grito bem alto " I NEVER WILL... APOLOGISE FOR WHO I AM! " como na música que ecoa pela minha cabeça. Rasgo-me no peito... Corto a pele que me desfigurou ao longo destes 2 anos.
E com a vontade de viver nasce por trás a revolta. E com a revolta vai-se a vontade de viver. E desamparado mais uma vez tombo de costas.
A vida passa-me pela cabeça. A música atrofia-me a vontade.
Por agora permaneço por aqui mais um bocado. Talvez para sempre, pois com a revolta foi-se mais esta ansiedade...
Kimera
1 Comentários:
Gostei do texto, Kimera.
Continua a escrever coisas assim.
Parabéns!
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