17 fevereiro 2006

Código Morse

Código Morse

Oh meu amor!
(Dizem que na escrita fica sempre bem apelar a isto ou àquilo. Ou a ti. Que estás sempre por perto sem ser preciso chamar por ti. Meu amor...)
Como os dias se arrastam longe de ti e como as noites são curtas ao teu lado.
Como o vento é gélido quando o teu abraço não me envolve o corpo.

Sozinha.
Hoje passo a noite sozinha e sabe-me bem.
Sinto alguma sanidade a voltar a mim aos poucos.
Afago os pulsos e já não temo pela minha vida. Tão pouco pela tua.
Está tudo calmo. Abro a janela. Olho um ponto perdido no infinito e penso em ti.
Aí onde estás. Nesse lugar que te toma de mim nestas noites tão tristes.
E penso... e penso.
Afinal que me importa hoje a tua ausência? E amanhã? E depois?
Haverá um dia (e tantas noites!...) em que te terei para sempre. Como afinal tenho hoje.
Tamborilo com os dedos na mesa. A noite está linda. Tu estás bem onde estás e eu estou bem onde estou.
A felicidade rascunhada em meia dúzia de palavras escritas a carvão.
Tiro um livro da prateleira e deito-me a ler.
E sabe tão bem estar contigo mas sozinha.
E descobri-o a tempo de ainda poder dizer: "até logo amor"

Amo-te. Mais uma vez. Infinitos mil. "Infinitos mil e um, vá lá..."
___-_ . Código Morse. Dizes tu...


Litostive

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