15 maio 2006

Banhos Nocturnos

Os sonhos lavam-se com água bem quente numa banheira no centro da sala. As promessas por cumprir arrancam-se à força de dentro de nós, sem que para tal tenhamos que nos esforçar muito.

A cada minuto que passa, cada gota de sangue une-se a outra gota de água. E o meu corpo adormecido afunda-se nas águas calmas desta sala a cada nota tocada sem intenção pelo dono da guitarra.

Rasgo a pele que me cobre o corpo pensando que rasgo a vida que não consigo viver. E doí-me a alma ao ver o corpo não conseguir sofrer. Apenas desta vez gostaria de sorrir ao ver-me mutilar, cortando pedaços de mim. Sinal de que ainda estaria entre nós, tomando um duche para mais tarde adormecer... quente e a teu lado.

Kimera

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