Os últimos
E o teatro começa.
Pessoas moribundas assistem ao espectáculo que encenaram. Onde sou o centro das atenções.
Tento libertar-me. ImpossÃvel.
Arrastam-me pelos pés.
Ligam-se as centenas de holofotes.
Não distingo nada nem ninguém. Apenas sinto vergadas nas costas. E pernas de pessoas que tropeçam em mim. E que caem… e que se levantam e me pontapeiam.
Continuo dorido.
Hematomas e sangue pisado.
E oiço gargalhadas. E bebés a chorar por não quererem ver este espectáculo de adultos.
Choro eu também.
Não resisto aos últimos pontapés, bem no meio da minha face, e sucumbo às dores.
Perco os sentidos e morro…
Feliz por morrer.
LuÃs Teixeira
Pessoas moribundas assistem ao espectáculo que encenaram. Onde sou o centro das atenções.
Tento libertar-me. ImpossÃvel.
Arrastam-me pelos pés.
Ligam-se as centenas de holofotes.
Não distingo nada nem ninguém. Apenas sinto vergadas nas costas. E pernas de pessoas que tropeçam em mim. E que caem… e que se levantam e me pontapeiam.
Continuo dorido.
Hematomas e sangue pisado.
E oiço gargalhadas. E bebés a chorar por não quererem ver este espectáculo de adultos.
Choro eu também.
Não resisto aos últimos pontapés, bem no meio da minha face, e sucumbo às dores.
Perco os sentidos e morro…
Feliz por morrer.
LuÃs Teixeira